A saúde das edificações

Da mesma forma que um ser vivo, a saúde das edificações depende não só dos cuidados durante a sua gestação (fase do projeto), mas também durante seu crescimento (fase da construção) e deveriam permanecer durante o resto da vida (fase de manutenção), sob pena de adquirir doenças (manifestações patológicas). À medida que envelhecem (fase de degradação), elas podem passar por enfermidades (processo lento e contínuo de deterioração).

Continuando a analogia, o médico (patologista) pode examinar o enfermo e indicar a terapia mais adequada a ser empregada, receitando alguns remédios (restaurações), curando o paciente. Como nem sempre é possível devolver a saúde ao enfermo, pode-se adotar tratamento para melhorar sua aparência dando à edificação uma sobrevida (aumento da sua vida útil).

Toda edificação possui um período de vida útil a que se destina. Muitas vezes, antes mesmo deste prazo ser alcançado, o nível de desempenho já se encontra abaixo do satisfatório devido, por exemplo, a falta de manutenção periódica. A manutenção não evitará que o estabelecimento alcance, um dia, o fim da sua durabilidade, mas sim, prorrogará a sua vida útil, buscando sempre a ausência de patologias.

Na maioria dos casos, o cumprimento às normas poderia evitar ou desacelerar consideravelmente os mecanismos de degradação de estruturas (doenças). O cumprimento às normas é obrigatório, não só para atender o Código de Defesa do Consumidor (artigo n° 39), mas também com a finalidade de orientar os profissionais para as melhores práticas, evitando assim, a ocorrência desses problemas.

As normas constituem-se, neste caso, como sinônimo de qualidade e economia, enquanto a falta de qualidade significa desperdício e custo extra.

As manifestações patológicas mais significativas podem ser classificadas, para fins de identificação, em três grandes grupos: 1) umidade; 2) fissuras, trincas e rachaduras; 3) descolamento de revestimentos.

Conhecidos os sintomas e reconhecida a causa, antes de ser definida a terapia para sanar o problema, deve-se estabelecer um diagnóstico, que nada mais é que o perfeito entendimento de como, a partir da causa, ocorreram os sintomas. O diagnóstico procura explicar todos os fenômenos e mecanismos que concorreram para a manifestação patológica.

A gestão da manutenção predial é uma forma racional e pouco onerosa para a detecção preventiva de patologias e para a correta intervenção em construções que apresentem anomalias.

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